Cine Emília, a fábrica de sonhos...


por José Márcio Castro Alves

A história do cinema em Altinópolis é ligada principalmente aos Irmãos Raffaini, pois foram eles que adquiriram nos anos 1930 o Cine Teatro Guarany, localizado na rua Renato Jardim, que logo mudaria o seu nome - Cine Paratodos (clique).
À época, os dados a associação dos exibidores de cinema:
Cine Paratodos - Prop. Nilson Raffaini
Rua Renato Jardim 39 - Fund. 1941 - Cinema - 280 lugs. Ap. 35 m/m
Func. diário - média anual 426 sessões - 58.820 espectadores
.

O Cine Emília, inaugurado em 1960, foi o maior portal e entretenimento cultural de Altinópolis por três décadas, até interromper as projeções no começo da década de 1980, quando a maioria das salas de cinema de cidades pequenas fechariam suas portas.
O programa de fins de semana em Altinópolis era ir ao cinema no sábado a noite para depois ir à sede do clube AFC, também um palco de muitas lembranças e bailes memoráveis.

Nilson Raffaini, o projecionista mor de Altinópolis, juntamente com a sua irmã, Norma Raffaini, ambos solteiros, sempre estiveram à frente do Cine Emília, nome dado à sua mãe, Emília Zuccolotto Raffaini, esposa de José Rafaini.
Ao contrário do Cine Teatro Pedro II de Ribeirão Preto, que teve as portas fechadas após um incêndio e depois fora restaurado e reinaugurado com o mesmo nome, tradição da cidade, no caso de Altinópolis foi o inverso.
Hoje o prédio do antigo Cine Emilia, ligado à administração municipal, mudou de nome, mas sem o glamour daquele que foi o único e incomparável cinema de Altinópolis, o Cine Emília.




2 comentários:

  1. Como era bom quando criança ir ao cine Emília, comprar balas da dona Dinah e da Norma, e também comprar uma coca e abri-la diretamente no freezer, era o máximo, depois entrar na sala tomando o refrigerante e degustando balas, sem esquecer das músicas para ouvir e sonhar que o Nilson coclocava, ah, que alegria.

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    1. É Renato, não me lembro de coca no cinema. Eu frequentei o Cine Emilia logo em sua inauguração e nessa época não me lembro nem de Coca-Cola em Altinópolis. Também eu era muito pobre e, pode ser que não pudesse comprar. Lembro-me bem de brincar na praça municipal aos fins de semana. Geralmente, tínhamos que ir embora depois que acabava por rolar em "titica de cachorro". Feliz eu ficava quando aparecia um circo na cidade. Era época de comer goma Síria, as quais nunca mais encontrei iguais. Resta saudade. José de Alencar Simoni ( Prof. Caja).

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